- Ano de lançamento: 2013
- País: Estados Unidos
- Língua: Inglês
- Título Original: Burma
- Diretor: Carlos Puga
- Avaliação: Pra recomendar aos amigos
Christian (Christopher Abbott) é um escritor frustrado com dificuldade em superar a perda da mãe. Quando seu pai aparece em sua porta anos depois de abandonar a família – buscando oferecer as respostas às perguntas do filho após todo esse tempo sem notícias – o escritor se propõe a levá-lo à reunião de família na casa da irmã.
Todo ano, Christian e seus irmãos, Susan (Gaby Hoffman) e Win (Dan Bittman), se reúnem no aniversário da mãe, como esta havia pedido aos filhos que o fizessem. Com o reaparecimento de seu pai, os três têm que lidar com todos os problemas do passado e os conflitos em suas vidas pessoais.
O filme foi exibido durante o Festival do Rio 2013, e é o primeiro longa-metragem do diretor Carlos Puga, com quem eu tive a chance de conversar.
(O trecho abaixo pode conter spoilers)
Rafiews: Durante o filme, Christian tem problemas em desenvolver o final do roteiro em que esteve trabalhando durante anos. O filme em si também tem um final aberto, deixando o espectador vagar nas possibilidades de desfecho. O paralelo entre as duas situações é intencional ou só uma interpretação pessoal?
Carlos Puga: É intencional. Eu quis fugir do esteriótipo hollywoodiano de finais definidos, onde que tudo se encaixa. O filme termina com o pai indo embora de novo, os irmãos trabalhando em seus problemas e Christian adotando uma nova postura. Sua última fala ilustra justamente essa nova atitude de assumir o controle dos próprios conflitos e se tornar mais responsável.
Durante a sessão de perguntas, Puga também foi questionado sobre a função de Kate (Emily Fleischer) na trama.
CP: Kate está no filme justamente para dar uma chance a Christian de se redimir de seus erros.